No Natal, essa bela festa cristã, famílias e amigos se reúnem à mesa para comemorar o nascimento de Jesus. As pessoas tradicionalmente fazem orações, trocam presentes e ceiam juntas. Porém, antes do jantar e até depois, doces iguarias são degustadas e bem-vindas. Como regra, nunca falta o famoso panetone. Sua origem vem recheada de lendas e histórias, com muitos personagens ao longo do tempo. Os historiadores italianos dizem que a receita do panetone se originou durante o rito do tronco, em uma cerimônia bem antiga, uma espécie de ritual feito na véspera do Natal em grande parte da região europeia, principalmente na Itália. Essa cerimônia juntava características pagãs e cristãs na Idade Média e no Renascimento.
Durante esse ritual, os anfitriões deveriam pegar uma espécie de tronco de árvore pesado, colocá-lo sobre ramos de zimbro e acender o fogo. Em seguida, jogava-se vinho nas chamas. Com a bebida restante na garrafa, serviam a todos os convidados. O pão era produzido e dividido em três porções, e cada parte era marcada com uma cruz antes de assar. O ritual prosseguia com uma moeda sendo jogada no tronco, depois, distribuíam as demais moedas para as pessoas. No final, um pedaço bem grande de pangrade ou panatton era dado para o grupo. Uma parte era reservada e guardada para o próximo Natal.
Para o cristianismo, este ritual era repleto de significados. O pão era repartido e se evocava a Santíssima Trindade. O vinho representava o sangue de Cristo, o fogo trazia a representação da missão fundadora e redentora do cristianismo, já a torta era a árvore pagã do Bem e do Mal.
Em 1570, no livro Opera dell’Arte del Cucinare, de autoria de Bartolomeo Scappi, considerado o cozinheiro dos papas, foi feita a primeira citação a essa receita. Em 1606, o termo panatton passou a constar no dicionário Varon Milanês, citado como um pão muito grande feito para ser consumido no Natal.
A partir daí, muitas receitas de panetone foram surgindo. O resultado é que hoje temos um pão com cheirinho de festa!
Chef Gute
House of Flavors - Miami
Porções: 2
Tempo de preparo: 3h
Ingredientes:
7 colheres de sopa de água morna
150 g de açúcar
30 g de açúcar impalpável
5 g de fermento biológico
100 g de uvas passas
150 g de frutas secas
½ colher de chá de essência de panetone ou
essência de laranja
1 colher de café de sal
6 ovos
200 g de nozes inteiras
Raspas de laranja
Óleo para untar
Gema de ovo para pincelar
Modo de preparo:
Em uma tigela, coloque o fermento, ½ xícara de farinha e água morna. Misture bem e deixe descansar por 30 minutos.
Em outra tigela, coloque a manteiga, a essência de panetone, as frutas secas e as uvas passas. Misture bem e reserve.
Em outra tigela, misture o açúcar, a farinha de trigo, as raspas de laranja e o sal.
Transfira a mistura para uma mesa limpa e seca, formando um monte com um buraco no meio. No buraco, coloque os ovos, a mistura de fermento, a água e a farinha feita anteriormente.
Misture tudo com as mãos até formar uma massa lisa. Unte a mesa com óleo.
Com as mãos, abra a massa e coloque a mistura de manteiga com frutas secas feita anteriormente. Sove a massa e vá acrescentando farinha para dar ponto. O ponto é dado quando a massa não grudar mais nas mãos. Forme uma bola e unte uma panela que possa ir ao forno.
Forre as laterais com papel manteiga e acomode o panetone dentro da panela. Cubra a panela com um pano de prato limpo e deixe descansar dentro do forno desligado durante 4 horas.
Em seguida, pincele o panetone com a gema e cubra com as nozes. Leve para assar no forno preaquecido a 200 °C por 1 hora.
Retire do forno, deixe esfriar, desenforme e sirva.
Recheio
Corte o panetone ao meio, no sentido horizontal, recheie com uma camada de goiabada e outra com doce de leite.
Polvilhe com açúcar impalpável a gosto.